Ouça pelo cais, como batem, os barcos;
O rito sonoro pelo qual o mar saúda os navegantes.
Sinta o mormaço queimar seu rosto;
Desespero nublado à brisa marítima.
Caos verbal na linha tênue entre noite e dia;
Poucas horas revelam o que a vida inteira levou pra esconder.
A lua, trêmula, sobre as águas;
Percorre, incansável, sua tragetória; dia após dia.
O primeiro raio de luz já anuncia o sol;
As horas se consomem, umas sobre as outras.
Enfim, é hora de deixa-lo, caro amigo.
Muita luz e muita gente ofuscam suas belezas.
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