Em posse de sua atenção
A lua, na portela
já não sente solidão.
É a mesma lua, na viela;
que de certo, sem razão;
Sem o pudor que havia nela
Põe pra longe a escuridão.
Vê Luana, na janela,
E se ilumina de emoção.
Ergue a moça, com cautela,
Que aos poucos sai do chão.
Que beleza mais singela
Ver Luana, na janela,
com a lua em comunhão.