terça-feira, agosto 26, 2014

De dez, em dez, a dez...



Dez mil rostos à la carte desfilando pela rua. Dez mil horas de espera para nunca vê-la nua. Dez mil corpos desmembrados pelos deuses do passado. Dez mil dias miserável, vagaroso e retardado.  Dez mil copos de cerveja pelo bem da sanidade. Dez mil anos de sossego, por capricho ou vaidade. Dez acordos diplomáticos, pelo bem da humanidade. Dez as graças que me trazem a justiça e a humildade. Dez avisos luminosos destacando sua sacada. Dez motivos deprimentes que mataram minha amada. Desisti de ser um gênio aos dez anos de idade. Dei de ombros quando vi que nada disso era verdade. Das mil dores que ouvi, cruelmente arrancadas; Sempre soube que as suas foram as mais perturbadas. Dez bilhões de habitantes. E nenhum que me encante.

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