segunda-feira, novembro 26, 2012

Alergia Alergia


Ah, tormento sem fim;
Quando chego a Ipatinga
Mais uma noite em claro!
vai batendo uma mandinga.
Que é que se apodera de mim,
No nariz uma coceira
E me entope o peito em catarro?
logo passo da fronteira.

Deitar-me não posso
Um actchim atchim atchim
ou mata-me a tosse.
se apodera bem de mim
Em tudo o que faço
na cabeça uma leveza
o espirro toma posse.
que não beira à da cerveja

Tal qual um moribundo
E meus músculos contraem
me arrasto pela casa;
pensamentos se distraem
alérgico ao mundo
lá pra tarde dá melhora
e tudo o que me passa.
mas de noite só piora

minha dor, minha tortura
Faz-me febril e imprestável.
Ah, tormento abominável.
espirro espirro e ai tontura.

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